Há duas coisas em que penso quando estou sozinho, a primeira, que não sei ficar sozinho e a segunda que não há nada mais importante na minha vida que o meu desejo de encontrar um amor de verdade.
Sou naturalmente livre, preciso desta liberdade para viver, faz parte do meu instinto, da minha busca incessante por autoconhecimento e evolução. Costumo fugir quando sinto que há alguma limitação a ela, mas apesar de toda esta liberdade, sinto que sou uma criança, que preciso de alguém que entenda meu coração, que me deixe ir quando necessário e esteja de braços abertos quando voltar.
Sou intenso, não escondo sentimentos, desejos, não meço palavras e nem esforços quando acho que vale a pena. Ao contrário disto tudo, costumo mergulhar tão intensamente que chego a me perder em pensamentos, em sonhos.
Sonhos, sim acho que me resumo a sonhos, sonho acordado, sonhos dormindo, tenho uma imaginação tão fértil que as vezes esqueço que o mundo é só realidade. Em instantes consigo viajar o mundo, tecer aventuras, construir cenas inesquecíveis, romances, histórias de amor, sonhos dignos de um filme. Mas de que valem estes sonhos se não posso compartilhá-los com alguém que queira torná-los realidade? Torná-los realidade parece assustar as pessoas, parece obrigá-las a voltar para seu mundo cotidiano onde as responsabilidades consomem 90% do tempo e onde sonhos normalmente não existem e não fazem parte do esperado. Mas dentre todos os meus sonhos, o maior e sinceramente o que parece mais distante é o de encontrar alguém disposto a viver estas aventuras junto a mim.
Sou brega a maior parte do tempo, ouço músicas românticas, as vezes 50 mil vezes a mesma música, escrevo poesias, textos, publico alguns, mas nem todos, imagino centenas de cenas ao lado da mesma pessoa, não tenho medo de expor o que sinto, de bater a cabeça repetidas vezes, mando flores, faço declarações, deixo bilhetes, sinais…
São poucas as coisas que realmente me tiram do sério, injustiça no mundo como um todo e indiferença. Engraçado, indiferença parece ser a palavra que resume todas as minhas frustrações, a indiferença do meu pai, a indiferença ao meu esforço e a indiferença ao meu coração. A indiferença me irrita profundamente, não que eu espere 100% de reconhecimento a tudo, mas é importante, é um diferencial, pois demonstra que assim como você se preocupa com alguém, este alguém reconhece o que fez, ou o que faz.
Não tenho medo de errar, nem de desapontar as pessoas, de parecer ridículo ou inconsequente. Não tenho arrependimentos na vida, afinal é o que dizem “O que é certo é o que te faz feliz”. E é isso que faço busco a minha felicidade, e sou feliz assim, tentando diariamente, acertando, errando, vivendo aventuras curtas, histórias duradouras, amores, desilusões, paixões, sendo transparente comigo e com todos.
Sou um sonho e um coração sincero, nada mais, nada menos… simples assim.